PMBqBM PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR FACULDADE DE MEDICINA Téléphone/Extension: (88) 3221-9605

Banca de QUALIFICAÇÃO: DIMAS BATISTA DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIMAS BATISTA DE LIMA
DATA : 12/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Faculdade de Medicina - FAMED - Barbalha - Googlemeet
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA in vitro DA LECTINA de

Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmania. Leishmaniose Visceral. Lectina. Vatairea macrocarpa.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

As leishmanioses representam um espectro de doenças negligenciadas que aflige
milhões de indivíduos em todo o mundo. O tratamento das leishmanioses permanece o
mesmo há décadas e consiste, particularmente, no uso de antimoniais pentavalentes.
Ressalte-se, que esses medicamentos apresentam importantes efeitos colaterais. No
cenário atual, com limitação de tratamentos alternativos, a investigação por outras
opções terapêuticas é um real desafio. Produtos naturais são importantes fontes de
compostos com diversas aplicações terapêuticas, com especial destaque para as lectinas.
A VML (Vatairea macrocarpa Lectin), lectina extraída das sementes de Vatairea
macrocarpa, com especificidade de reconhecimento e ligação aos carboidratos α-D-
galactose/N-acetilgalactosamina, tem se mostrado uma ferramenta biotecnológica com
aplicações promissoras.  O presente estudo teve como objetivo avaliar, in vitro, o
potencial leishmanicida da VML utilizando-se a Leishmania infantum. Formas
promastigota foram incubadas com diferentes concentrações de VML (364 – 11,3
µg/mL); além disso, a CI 50 foi incubada em associação à galactose a fim de avaliar a
participação do domínio de reconhecimento de carboidratos (CRD); a densidade celular
dos parasitos foi determinada por contagem em câmara de Neubauer. Ensaios de
fluorescência com diacetato de 2’,7’-diclorofluoresceína (H 2 DCFH-DA) e Iodeto de
Propídio (IP) foram realizados para avaliar a possibilidade do envolvimento de espécies
reativas de oxigênio e danos às membranas como prováveis mecanismos de ação da
VML. O efeito citotóxico da VML sobre macrófagos Raw 264.7 foi verificado através
do ensaio MTT; avaliações adicionais foram realizadas para identificar o provável efeito
da associação da VML a Anfotericina B e ao Glucantime sobre as formas
promastigotas, bem como sua citotoxicidade sobre macrófagos Raw 264.7. A VML foi
capaz de inibir o crescimento das formas promastigotas de maneira concentração e
tempo dependentes, com valores CI 50 : (CI 50/24h = 300 ± 0,03 μg/mL; CI 50/48h = 160 ± 0,03
μg/mL; CI 50/72h = 116 ± 0,02 μg/mL). Os resultados mostraram que o efeito leishmanicida
está relacionado à capacidade da VML de reconhecer glicanos de L. infantum e que o
tratamento dos promastigotas com VML induz estresse oxidativo e danos à membrana
dos protozoários. Além disso, a lectina não apresentou qualquer efeito tóxico para
células de mamíferos (Raw 264.7). A associação da VML com Anfotericina B e
Glucantime melhorou a atividade desses fármacos, além de reverter seu efeito citotóxico
nas células Raw 264.7. Nossos achados sugerem que VML é uma promissora
alternativa para o tratamento das leishmanioses. Contudo, mais estudos são necessários
para melhor entendimento de seu efeito nos sistemas biológicos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1364396 - HEBERTY DI TARSO FERNANDES FACUNDO
Externo ao Programa - 1528282 - MARCOS ANTONIO PEREIRA DE LIMA
Externo ao Programa - 1550021 - MARIA DO SOCORRO VIEIRA GADELHA
Notícia cadastrada em: 08/03/2021 17:28
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