PMBqBM PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR FACULDADE DE MEDICINA Téléphone/Extension: (88) 3221-9605

Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINE MARIA BRITO LUCAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE MARIA BRITO LUCAS
DATA : 09/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

EFEITOS MITOCONDRIAIS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA DURANTE A HIPERTROFIA CARDÍACA


PALAVRAS-CHAVES:

mitocôndrias, restrição calórica, hipertrofia cardíaca, estresse oxidativo, radicais livres, sinalização adrenérgica


PÁGINAS: 67
RESUMO:

A hipertrofia cardíaca é caracterizada pelo aumento do tamanho do coração decorrente de estímulos intracelulares adquiridos de uma sobrecarga de pressão ou volume. Embora a hipertrofia cardíaca seja uma resposta adaptativa e transitória, frequentemente evolui para um quadro de insuficiência cardíaca congestiva, ocasionando falha cardíaca. Disfunções mitocondriais estão envolvidas no desenvolvimento de patologias cardíacas e que geralmente são associadas com defeitos na cadeia de transporte de elétrons, sobrecarga de cálcio, reativação de genes cardíacos e principalmente, pelo aumento de estresse oxidativo. Por outro lado, a restrição calórica é uma intervenção nutricional que protege contra a hipertrofia cardíaca por diminuição do estresse oxidativo e melhora da função mitocondrial. No entanto, os mecanismos envolvidos nos efeitos protetores cardiovasculares da restrição calórica ainda estão sob investigação. Neste estudo, mostramos que esta intervenção dietética previne a elevação das proteínas cardíacas, evita a reprogramação do gene cardíaco (fator natriurético atrial) e bloqueia o aumento do índice de peso do coração por comprimento da tíbia (mg/cm) visto na hipertrofia cardíaca induzida por isoproterenol. Nossos achados sugerem que a restrição calórica inibe o crescimento patológico cardíaco, ao mesmo tempo em que reduz a formação de peróxido de hidrogênio induzida pelo transporte reverso de elétrons mitocondrial e melhora o conteúdo mitocondrial. Adicionalmente, a restrição calórica atenuou a abertura do poro de transição da permeabilidade mitocondrial induzida por Ca2+ em mitocôndrias isoladas de camundongos tratados com isoproterenol. Também descobrimos que a restrição calórica bloqueou a correlação negativa de enzimas antioxidantes (atividade de superóxido dimutase e glutationa peroxidase), levando à manutenção dos níveis de proteína sulfidrilas e glutationa. Dada a natureza da hipertrofia cardíaca induzida por isoproterenol, investigamos se a restrição calórica pode alterar a sensibilidade β-adrenérgica cardíaca. Assim, usando corações de ratos isolados em um sistema de Langendorff, descobrimos que ratos com restrição calórica (semelhante aos controles) preservaram a sinalização β-adrenérgica. Por outro lado, corações hipertróficos (tratados por sete dias com isoproterenol) foram insensíveis à ativação β-adrenérgica com isoproterenol (50 nM). Apesar de proteger contra a hipertrofia cardíaca, a restrição calórica não alterou a falta de resposta ao isoproterenol em corações isolados colhidos de ratos hipertróficos. Esses resultados sugerem (através de uma série de estudos mitocondriais, de estresse oxidativo e hemodinâmic cardíacos) que a restrição calórica possui efeitos benéficos contra a cardiomiopatia hipertrófica e podem contribuir para elucidação de novas rotas terapêuticas para prevenção e/ou tratamento de complicações relacionadas a hipertrofia cardíaca e outras doenças cardiovasculares.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - FRANCISCO NASCIMENTO PEREIRA JUNIOR
Presidente - HEBERTY DI TARSO FERNANDES FACUNDO
Interno - MARCOS ANTONIO PEREIRA DE LIMA
Interno - THIAGO MIELLE BRITO FERREIRA OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 05/06/2023 09:10
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