Banca de QUALIFICAÇÃO: JOANA VARLLA DE LACERDA ALEXANDRE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOANA VARLLA DE LACERDA ALEXANDRE
DATA : 18/12/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Faculdade de Medicina - FAMED - Barbalha
TÍTULO:

IMPACTO DO ANTIOXIDANTE QUERCETINA SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO E HOMEOSTASE MITOCONDRIAL DURANTE A HIPERTROFIA CARDÍACA IN VIVO


PALAVRAS-CHAVES:

Mitocôndrias. Hipertrofia cardíaca. Quercetina. Espécies reativas de oxigênio


PÁGINAS: 63
RESUMO:

O estresse oxidativo, caracterizado pelo acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs), está implicado na patogênese de várias doenças, incluindo a hipertrofia cardíaca. Embora as EROs sejam essenciais para uma variedade de processos fisiológicos, quantidades excessivas podem danificar os componentes dos cardiomiócitos, comprometendo a sua função e, assim, desencadeando uma série de alterações adversas, como fibrose cardíaca, contração prejudicada, morte celular por necrose e apoptose. A cadeia de transporte de elétrons mitocondrial (CTE) é uma fonte conhecida de EROs. Como as mitocôndrias são responsáveis por cerca de 25% da massa dos cardiomiócitos, elas são consideradas uma das fontes mais significativas de EROs no coração. Dessa maneira, as mitocôndrias têm sido alvo de vários estudos que utilizam modelos de hipertrofia cardíaca. A quercetina, pertencente à classe dos flavonóides, é uma potente depuradora de EROs, tendo se tornado alvo de atenção por apresentar diversos efeitos benéficos no sistema cardiovascular, incluindo efeitos anti-hipertróficos. Neste trabalho foi testada a hipótese de que o antioxidante quercetina é capaz de atenuar a progressão da hipertrofia cardíaca ao melhorar o balanço redox e a homeostase mitocondrial. Para tal, tratamos camundongos com injeções intraperitoneais de isoproterenol (30 mg/kg/dia) por 4 dias consecutivos. No quinto dia, alguns desses animais foram sacrificados e os demais camundongos foram remanejados em dois subgrupos. A partir desse ponto, um grupo recebeu apenas isoproterenol (grupo ISO) e outro grupo recebeu isoproterenol e quercetina (grupo ISO+QUE) por via oral (10 mg/kg/dia) por mais 4 dias. Os animais tratados com ISO durante 4 dias apresentaram aumento da relação peso cardíaco/comprimento da tíbia, aumento do teor de proteínas totais, diminuição do teor de proteínas sulfidrilas, comprometimento da atividade de enzimas antioxidantes (catalase e SOD) e alta produção de H2O2. A intervenção com o tratamento com quercetina a partir desse ponto foi capaz de atenuar a hipertrofia cardíaca, reestabelecer a atividade de catalase e SOD e bloquear efetivamente a produção de H2O2. Além disso, observamos que o estímulo hipertrófico do isoproterenol diminui a expressão e atividade de SOD mitocondrial (MnSOD), enquanto que a quercetina reverte esse efeito. Observamos também que a quercetina melhora a função mitocondrial ao aumentar a razão do controle respiratório mitocondrial (RCR) e a relação ADP/O que encontram-se comprometidas na hipertrofia cardíaca, além de proteger as mitocondrias contra a abertura do mPTP in vivo e in vitro. Em conjunto, esses resultados mostram que o antioxidante quercetina é capaz de atenuar a hipertrofia cardíaca pré-estabelecida induzida por isoproterenol ao melhorar a função mitocondrial e o equilíbrio redox.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2185176 - FRANCISCO NASCIMENTO PEREIRA JUNIOR
Externo à Instituição - JOSÉ GALBERTO MARTINS DA COSTA - URCA
Interno - 2528282 - MARCOS ANTONIO PEREIRA DE LIMA
Interno - 1307555 - MARIA ELIZABETH PEREIRA NOBRE
Notícia cadastrada em: 13/12/2019 12:50
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - --------- | Copyright © 2006-2024 - UFCA - sig05-prd-jne.ufca.edu.br.sig5