Banca de DEFESA: DIMAS BATISTA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIMAS BATISTA DE LIMA
DATA : 12/04/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Faculdade de Medicina - FAMED - Barbalha - Googlemeet
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA in vitro DA LECTINA de

Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmania. Leishmaniose Visceral. Lectina. Vatairea macrocarpa. VML


PÁGINAS: 73
RESUMO:

As leishmanioses representam um espectro de doenças negligenciadas que aflige milhões de
indivíduos em todo o mundo. O tratamento das leishmanioses permanece o mesmo há décadas
e consiste, particularmente, no uso de antimoniais pentavalentes. Ressalte-se, que esses
medicamentos apresentam importantes efeitos colaterais. No cenário atual, com limitação de
tratamentos alternativos, a investigação por outras opções é um real desafio. Produtos naturais
são importantes fontes de compostos com diversas aplicações terapêuticas, com especial
destaque para as lectinas. A VML (Vatairea macrocarpa Lectin), lectina extraída das
sementes de Vatairea macrocarpa, com especificidade de reconhecimento e ligação aos
carboidratos α-D-galactose/N-acetilgalactosamina, tem se mostrado uma ferramenta
biotecnológica com aplicações promissoras. O presente estudo teve como objetivo avaliar, in
vitro, o potencial leishmanicida da VML utilizando-se a Leishmania infantum. Formas
promastigota foram incubadas com diferentes concentrações de VML (13,8 – 0,4 μM); além
disso, a CI50 foi incubada em associação à galactose a fim de avaliar a participação do
domínio de reconhecimento de carboidratos (CRD); a densidade celular dos parasitos foi
determinada por contagem em câmara de Neubauer. Ensaios de fluorescência com diacetato
de 2’,7’-diclorodihidrofluoresceína (DCFH2-DA) e Iodeto de Propídio (IP) foram realizados
para avaliar a possibilidade do envolvimento de espécies reativas de oxigênio e danos às
membranas como prováveis mecanismos de ação da VML. O efeito citotóxico da VML sobre
macrófagos Raw 264.7 foi verificado através do ensaio MTT; avaliações adicionais foram
realizadas para identificar o provável efeito da associação da VML a Anfotericina B e ao
Glucantime sobre as formas promastigotas, bem como sua citotoxicidade sobre macrófagos
Raw 264.7. A VML foi capaz de inibir o crescimento das formas promastigotas de maneira
concentração e tempo dependentes, com valores CI50: CI50/24h = 11,4 ± 0,03 μM; CI50/48h
= 6,7 ± 0,04 μM; CI50/72h = 4,7 ± 0,02 μM. Os resultados mostraram que o efeito
leishmanicida está relacionado à capacidade da VML de reconhecer glicanos de L. infantum e
que o tratamento dos promastigotas com VML induz estresse oxidativo e danos à membrana
dos protozoários. Além disso, a lectina não apresentou qualquer efeito tóxico para células de
mamíferos (Raw 264.7). A associação da VML com Anfotericina B e Glucantime melhorou a
atividade desses fármacos, além de reverter seu efeito citotóxico nas células Raw 264.7.
Nossos achados sugerem que VML é uma promissora alternativa para o tratamento das
leishmanioses. Contudo, mais estudos são necessários para melhor entendimento de seu efeito
sobre as formas amastigotas intracelulares, sua ação sobre o repertório de citocinas nas células
imunes envolvidas na resposta anti-Leishmania, assim como seus mecanismos moleculares
nos sistemas biológicos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1250782 - CLAUDENER SOUZA TEIXEIRA
Presidente - 1353800 - CLAUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA
Externo à Instituição - GABRIELA SANTOS-GOMES - UNL
Externo à Instituição - ISABEL PEREIRA DA FONSECA - ULISBOA
Notícia cadastrada em: 08/04/2021 08:22
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - --------- | Copyright © 2006-2024 - UFCA - sig04-prd-jne.ufca.edu.br.sig4