Banca de DEFESA: AGLEDISON VIEIRA DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AGLEDISON VIEIRA DO NASCIMENTO
DATA : 15/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: FAMED
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-PROMASTIGOTA DA LECTINA DE Canavalia ensiformis (L.) DC (CONA) FRENTE AS CEPAS DE Leishmania amazonensis


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmaniose Tegumentar. DCFH2-DA. Iodeto de Propídio. Catalase. Rodamina 123.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

As leishmanioses são caracterizadas como um conjunto diverso de afecções infecciosas causadas por protozoários parasitas do gênero Leishmania. Nesta célula eucariótica, o lipofosfoglicano (LPG) é o principal glicoconjugado presente na superfície externa da membrana plasmática. Esta molécula possui importante polimorfismo intra e interespecífico, sendo crucial para o desenvolvimento e sobrevivência do parasita em seus hospedeiros. Os tratamentos das leishmanioses são baseados em fármacos que possuem consideráveis efeitos colaterais e alto custo. Neste cenário, surgem os produtos naturais que são fontes alternativas relevantes de novos compostos que apresentam aplicações biotecnológicas. Dentro deste contexto, destacam-se as lectinas, proteínas de origem não imune capazes de se ligarem de forma específica e reversível a resíduos de carboidratos ou glicoconjugados livres ou ligados a superfícies celulares. O presente estudo teve por objetivo avaliar a atividade anti-promastigota da lectina de Canavalia ensiformis (ConA) frente as cepas de Leishmania amazonensis. Formas promastigotas das cepas PH8 e Josefa de L. amazonensis foram incubadas com diferentes concentrações de ConA (298 - 4,65 μg/mL) e a viabilidade celular determinada por contagem em câmara de Neubauer, como também a participação do domínio de reconhecimento a carboidratos (DRC) na atividade da lectina. Ensaios de fluorescência com o diacetato de 2’,7’-diclorodihidrofluoresceina (DCFH2-DA), Iodeto de Propídio (IP) e Rodamina 123 (Rho123) foram realizados a fim de verificar a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), danos a integridade da membrana celular e potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm), respectivamente. Ensaio com catalase foi aplicado para avaliar o efeito do H2O2 extracelular na ação da lectina. ConA inibiu o crescimento de formas promastigotas de maneira concentração e tempo dependentes, com CI50/24h = 56,48 ± 0,02 μg/mL; CI50/48h = 54,34 ± 0,03 μg/mL; CI50/72h = 39,61 ± 0,02 μg/mL, para cepa Josefa, e CI50/24h = 21,05 ± 0,02 μg/mL; CI50/48h = 14,08 ± 0,01 μg/mL; CI50/72h = 13,90 ± 0,01 μg/mL, para a cepa PH8. A atividade anti-promastigota da ConA deve-se a sua capacidade de reconhecer e se ligar a glicoconjugados presentes na superfície das cepas de L. amazonensis, levando a produção de EROs e danos a integridade da membrana do parasita, todavia, sem a participação de H2O2 extracelular e sem causar danos ao potencial de membrana mitocondrial. Os resultados sugerem que a lectina ConA pode ser uma alternativa promissora para o tratamento das leishmanioses, bem como para testes in vivo relacionados às cepas de L. amazonensis.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - PAULA MONALISA NOGUEIRA
Interno - CLAUDENER SOUZA TEIXEIRA
Presidente - CLAUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA
Interna - MARIA DO SOCORRO VIEIRA DOS SANTOS
Externa à Instituição - RACQUEL OLIVEIRA DA SILVA SOUZA - F.M.NASSAU
Notícia cadastrada em: 11/03/2024 14:41
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - --------- | Copyright © 2006-2024 - UFCA - sig05-prd-jne.ufca.edu.br.sig5