Banca de DEFESA: ISABELLY DE OLIVEIRA PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELLY DE OLIVEIRA PINHEIRO
DATA : 31/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Videoconferência - Faculdade de Medicina - UFCA
TÍTULO:

Avaliacão dos efeitos do diazóxido na lesão cerebral secundária à sepse induzida por lipopolissacarídeos em camundongos


PALAVRAS-CHAVES:

Diazóxido. Sepse. Lesão Cerebral. Lipopolissacarídeo. Estresse oxidativo.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A sepse é definida como uma disfunção orgânica causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção e está associada a alta mortalidade. A administração de lipopolissacarídeo (LPS) é considerada um modelo animal atraente de sepse por gram-negativos. Durante a sepse, há um processo inflamatório que resulta em mudanças dramáticas no metabolismo celular e aumenta no estresse oxidativo que promovem efeitos citotóxicos. Estudos apresentam o fármaco diazóxido (DZX) como modulador eficaz das vias intracelulares envolvidas na resposta ao estresse oxidativo, relatam ação protetora frente a isquemia miocárdica, ação neuroprotetora em lesões da medula espinhal e isquemia cerebral. O diazóxido é um inibidor dos canais de potássio sensíveis à ATP, classicamente prescrito com hiperglicemiante em quadros de hipoglicemia, bem como por seu efeito anti-hipertensivo na rápida redução da pressão arterial. O presente trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos do diazóxido na lesão cerebral secundária à sepse induzida por lipopolissacarídeos em camundongos. O protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Cariri (CEUA-UFCA, protocolo nº 002/2024). Foram utilizados camundongos Swiss, machos adultos (20 a 25 g), provenientes do Biotério de Experimentação Animal da Faculdade de Medicina do Cariri – BIOEXA/FAMED. Foi realizado o teste da formalina para avaliação do potencial antiinflamatório e antinociceptivo do DZX na dose de 5 mg/Kg (ip). Para avaliação da ação central do DZX no modelo de sepse, os camundongos foram divididos em três grupos (n=6): (1) Controle; (2) LPS3 - tratados com LPS (3,0 mg/kg, ip), e; (3) DZX5 + LPS3 - pré-tratados com diazóxido (5 mg/Kg, ip) e com LPS (3,0 mg/kg, ip). A glicemia capilar foi coletada a partir uma gota de sangue da cauda do camundongo antes e após os tratamentos. Vinte e quatro horas após a injeção do LPS os animais foram submetidos aos testes comportamentais (campo aberto e nado forçado). Em seguida os animais foram anestesiados com cloridrato de quetamina (90 mg/kg, ip) e xilazina (10 mg/kg, i.p.) e seus cérebros retirados para quantificação de proteínas totais, tiol, superóxido dismutase (SOD) e catalase (n=5). Um animal de cada grupo foi destinado ao estudo morfológico por coloração por TTC (2,3,5-cloreto trifeniltetrazólio). Os dados foram apresentados como média ± erro padrão da média e utilizada a análise de variância ANOVA One way, seguida pelo Student-Newman-Keuls como teste post-hoc, considerando diferenças significativas para p<0,5. Os resultados mostraram que no teste da formalina, o DZX exibiu potente efeito antinociceptivo na fase inflamatória do teste, indicando seu potencial anti-inflamatório. Os testes de avaliação da ação central do DZX mostraram que os animais tratados com LPS tiveram uma diminuição da atividade locomotora (31%) e exploratória (62%) e aumento do número de grooming (2 vezes) avaliada pelo teste do campo aberto. No teste do nado forçado o LPS causou aumento tempo de imobilidade (2 vezes), podendo sugerir uma ação depressora central. O DZX foi capaz de prevenir as alterações comportamentais para o número de cruzamento e número de rearing, mas não para o comportamento de grooming. No teste do nado forçado, o DZX não foi capaz de prevenir a ação depressora causada pelo LPS. O tratamento com o LPS diminuiu drasticamente a glicemia (51%) e o pré-tratamento com o DZX não foi capaz de prevenir a hipoglicemia. O tratamento com LPS reduziu significativamente a atividade da catalase e os níveis de proteínas sulfidrilas citosólicas em cérebros de camundongos, o pré-tratamento com o DZX não foi capaz de prevenir tais alterações. Conclui-se que o diazóxido não apresentou nenhuma resposta frente a hipoglicemia e contra danos oxidativos na dose estudada, mas se mostra como um agente promissor anti-inflamatório e foi capaz de prevenir alterações comportamentais na lesão cerebral secundária à sepse induzida por LPS.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CICERO FRANCISCO BEZERRA FELIPE
Interno - FRANCISCO NASCIMENTO PEREIRA JUNIOR
Interno - IRI SANDRO PAMPOLHA LIMA
Presidente - MARIA ELIZABETH PEREIRA NOBRE
Notícia cadastrada em: 30/07/2024 10:54
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