Banca de QUALIFICAÇÃO: JAILSON RENATO DE LIMA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JAILSON RENATO DE LIMA SILVA
DATA : 26/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PLATAFORMA GOOGLE MEET
TÍTULO:

POTENCIAL BIOINSETICIDA DE Sarcomphalus joazeiro MART. SOBRE OS VETORES DE DOENÇAS Periplaneta americana (BLATTARIA: BLATTIDAE) E Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)


PALAVRAS-CHAVES:

Júa. Doenças. Inseticida. 


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A espécie Sarcomphalus joazeiro Mart. conhecido popularmente como juá, juazeiro, juá-fruta e laranja-de-vaqueiro é uma planta endêmica da Caatinga da família Rhamnaceae, mas se apresenta bem diversificada por todo o Nordeste brasileiro. As pragas urbanas, segundo publicado na resolução RDC 52 (Resolução da Diretoria Colegiada 52) são organismos que infestam ambientes urbanos, podendo causar danos à saúde humana, animais domésticos e prejuízos econômicos. O uso descontrolado de inseticidas pode causar danos para o ambiente e para a saúde humana, assim, existe a proibição de diversos produtos e regulamentações mais exigentes. Com o objetivo de amenizar a dependência de inseticidas químicos, em comunhão com a urgência de encontrar novos métodos mais seguros, ecológicos e eficientes, um dos caminhos é o uso de produtos naturais como extratos vegetais que estão sendo vistos como forma de controle alternativo e sustentável. Objetivou-se avaliar o potencialbioinseticida extrato metanólico de Sacomphalus joazeiro Mart. sobre os vetores Periplaneta americana e Aedes aegypti. As cascas do caule desta planta foram coletadas no bairro Muriti no município de Crato-CE. Uma exsicata da espécie foi coletada nas coordenadas da localização S 071°13.2.296’ e W 039°22.602’, identificado com o número 15.146 e depositado no Herbário Carirense Dardano e Andrade Lima – HCDAL. Foi produzido o extrato metanólico da casca do caule de S. joazeiro no rotaevoporador. Foi feita a coleta com armadilhas, das baratas de P. americana, em um cemitério de Crato-CE e foram colocadas em um balde para haver a reprodução.  As ninfas de Periplaneta americana foram expostas às concentrações de 250, 200, 150, 100 e 50 mg/g e controle com água destilada com comida para dieta durante três dias com um total de 30 baratas por concentração durante 72 horas, após esse período foram selecionadas 12 ninfas por concentração e foram feitas as avaliações comportamentais e 6 ninfas por concentração para análise dos ensaios bioquímicas, a partir de marcadores de estresse oxidativo e com o extrato o ensaio antioxidante pelo método DPPH com as concentrações de 5 a 5000 µg/ml do extrato e 5 a 1000 µg/ml do controle positivo com o ácido ascórbico, como também, foi feita a repelência das ninfas usando as concentrações de 8, 4 e 2 mg/mL e o controle com água durante 4 horas. Com o vetor Aedes aegypti, foi feita a coleta dos ovos por meio de ovitrampas no bairro Muriti emCrato-CE e realizado o teste larvicida com larvas L3, nas concentrações de 500, 250 e 125 µg/mL e um controle negativo com água destilada e um positivo com piriproxifeno em uma B.O.D em condições adequadas durante 120 horas e foi feito a CL50. Os gráficos foram produzidos utilizando o Software Prism v.6. O extrato metanólico apresenta algumas classes de compostos secundários, mas não apresenta atividade larvicida em nenhuma das concentrações testadas contra o vetor. Não apresenta atividade antioxidante significativa estatisticamente, no entanto, é notório que com o aumento das concentrações o extrato possa apresentar atividade antioxidante moderada. Apresenta atividade repelente contra P. americana na concentração de 8 mg/mL, promovendo aproximadamente 100% de repelência em todas as quatro horas de exposição, porém, não apresenta atividade inseticida contra a P. americana. O extrato não apresenta dano oxidativo após serem avaliados os marcadores proteicos e não-proteicos. O extrato apresenta a capacidade de diminuir os níveis de ferro livre em todas as concentrações testadas e o TBARS na concentração de 500 mg/mL apresenta uma diminuição moderada. Assim, exibindo que o extrato tem a capacidade de diminuir os danos oxidativos e, por isso, não apresenta danos e efeitos tóxicos no vetor P. americana. Conclui-se que o extrato metanólico, não apresenta atividade inseticida para os dois vetores de agentes etiológicos, e não causa danos oxidativos, no entanto, apresenta atividade repelente contra P. americana.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Luiz Marivando Barros - URCA
Interna - ESTELITA LIMA CANDIDO
Presidente - FRANCISCO ROBERTO DE AZEVEDO
Notícia cadastrada em: 16/10/2023 17:32
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