Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELA GONÇALVES COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELA GONÇALVES COSTA
DATA : 28/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: sala virtual do google meet
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DA PITAYA (Hylocereus costaricensis) SOB CULTIVO
BIOSSALINO E CONDIÇÕES DE SOMBREAMENTO EM REGIÃO SEMIÁRIDA


PALAVRAS-CHAVES:

Fruta do Dragão; Estresse Abiótico; Fruticultura


PÁGINAS: 53
RESUMO:

A agricultura no semiárido brasileiro enfrenta desafios devido às altas temperaturas e baixa precipitação, demandando culturas adaptadas e práticas agrícolas eficientes para garantir sustentabilidade e produtividade. A pitaya (Hylocereus costaricensis), uma cactácea resistente à seca e solos pobres, surge como uma alternativa promissora para diversificação agrícola na região. Estudos mostram que a pitaya pode prosperar em condições adversas, como salinidade e alta radiação, com manejo adequado e técnicas como o sombrite para reduzir o estresse abiótico. Este estudo avaliou o efeito de diferentes níveis de salinidade sobre o desenvolvimento da pitaya em dois ambientes de exposição solar: sombrite e pleno sol. Os objetivos específicos incluíram comparar o desenvolvimento das plantas em sombrite e pleno sol, avaliar a influência da salinidade em cada ambiente, e analisar os teores de Na e K como indicadores de estresse salino aos 6 e 12 meses. O experimento foi conduzido na área experimental do CCAB da UFCA, Crato, Ceará. As pitayas foram propagadas a partir de estacas de 20 a 30 cm coletadas de plantas adultas, totalizando 80 mudas. As estacas foram cicatrizadas em laboratório por 15 dias, depois enraizadas em sacos de polipropileno (15 x 25 cm) com substrato de areia lavada e fibra de coco (1:1), em estufa com 50% de sombreamento e irrigação alternada por 90 dias. As mudas foram transplantadas em vasos de 12 dm3 com substrato de areia e esterco (1:1), dois por vaso, com drenagem de 1 cm de brita. Os vasos foram dispostos em sombrite (A1) e pleno sol (A2), com 40 plantas em cada ambiente e estacas-tutores de 1,80 m acima do solo. O sombrite de PVC 50% foi fixado com arame a mourões, e o experimento ocupou uma área de 28 x 11 m. Os tratamentos de salinidade foram aplicados via irrigação com níveis: sem sal (T0), 2,5 dS m−1 (T1), 5 dS m−1 (T2), 7,5 dS m−1 (T3) e 10 dS m−1 (T4). A água foi armazenada em caixas de 500 L, com soluções preparadas e verificadas por condutivímetro, e refeitas quando o nível caía abaixo de 10%. A irrigação ocorreu em dias alternados, com 3 L por vaso. A adubação com macro e micronutrientes foi realizada a cada 30 dias, iniciando 60 dias após o transplante, com potássio aplicado a cada 15 dias a partir de 180 dias. As análises biométricas foram realizadas 90 dias após o início dos tratamentos e repetidas a cada 3 meses, com a última prevista para 365 dias. Foram avaliados Número de Cladódios (NC), Somatório do Comprimento de Cladódios (SCC), Diâmetro Médio dos Cladódios (DMC) e Diâmetro Médio das Costilhas (DMCOS). Após 365 dias, também foram medidos o Diâmetro dos Cladódios Terminais (DCT) e a Espessura dos Cladódios Terminais (ECT). As análises destrutivas, exceto a de teores de Na e K, que foi realizada também aos 6 meses, incluíram a coleta, secagem e trituração das amostras de cladódios para análise dos teores de Na e K por espectrofotometria de chama. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com esquema fatorial 2x5 e analisado por ANOVA e PCA, utilizando testes F e Tukey a 5% de probabilidade. O ambiente sombrite (A1) favoreceu o crescimento em salinidades baixas e moderadas, melhorando NC e SCC, mas o pleno sol (A2) se mostrou mais estável em salinidades elevadas. A PCA revelou respostas mais homogêneas entre os tratamentos ao longo do tempo. O manejo deve considerar a salinidade e a exposição solar; o sombreamento é eficaz em salinidades moderadas, enquanto em condições extremas, é necessário selecionar variedades tolerantes ao sal e adotar técnicas para reduzir o acúmulo de sódio.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MILENA MARIA TOMAZ DE OLIVEIRA - UFC
Externo à Instituição - ANTÔNIO MOREIRA BARROSO NETO - UFC
Presidente - ANA CELIA MEIRELES OLIVEIRA
Interno - CARLOS WAGNER OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 18/09/2024 12:44
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - --------- | Copyright © 2006-2024 - UFCA - sig03-prd-jne.ufca.edu.br.sig3