PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS DE CORPOS HÍDRICOS PARA AVALIAÇÃO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS A PARTIR DE MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS
Processamento digital de imagens, Imagens ópticas, ARIMA, Mudanças climáticas, Corpos hídricos.
Metodologias de processamento digital de imagens podem ser aplicadas a uma ampla classe de problemas em visão computacional. Dentre as aplicações, pode ser citada a avaliação, a partir de imagens, da dinâmica de corpos hídricos em função de alterações climáticas. Os eventos climáticos afetam a dinâmica dos corpos hídricos, podendo ocasionar desde inundações à escassez de água. Esses dois problemas extremos comprometem o uso do recurso hídrico pela população que, eventualmente, precise. Portanto, o monitoramento dos corpos hídricos é fundamental para garantir o bem viver da população que habita o entorno dessas regiões. Outro aspecto importante do monitoramento de recursos hídricos é a possibilidade de auxiliar na gestão destes, incentivando a população ao uso sustentável da água. O desenvolvimento do presente trabalho introduzirá uma metodologia geral de abordagem simples, baseada em técnicas de processamento digital de imagens e modelos estatísticos de séries temporais. As imagens referentes aos corpos hídricos serão adquiridas em sites que tenham catálogo digital de imagens indexadas no tempo. Todos os algoritmos necessários para o desenvolvimento deste trabalho serão feitos na plataforma RStudio. A princípio, será estimado um modelo ARIMA que descreva o comportamento temporal da área do espelho d'água do corpo hídrico. Para inferir sobre as áreas dos espelhos d'água para cada imagem, serão utilizadas técnicas de limiarização de imagens, tais como o método de Otsu. Esses procedimentos de limiarização permitirão a identificação dos píxels na imagem que correspondem ao espelho d'água e assim o cálculo da área. De posse desse histórico de áreas, a estrutura do modelo ARIMA será definida. Vale ressaltar que o sucesso na construção do modelo ARIMA permitirá a predição da área do espelho d'água do corpo hídrico, permitindo assim antecipar a ocorrência de possíveis eventos extremos (inundações, escassez) que podem ocorrer com o corpo hídrico. |