USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE NO CONTROLE DO PULGÃO PRETO DO FEIJOEIRO (Aphis craccivora Koch) (HEMIPTERA: APHIDIDAE)
Método alternativo. Feijão-caupi. Afídeos.
O pulgão preto Aphis craccivora Koch 1854 é uma das pragas que causam mais prejuízos à cultura do feijão-caupi Vigna unguiculata (L.) Walp. Em virtude da necessidade de encontrar métodos eficazes e seguros de controle, tem-se aumentado as pesquisas buscando alternativas naturais, tais como o uso de óleos essenciais com propriedades inseticidas. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho será avaliar o potencial dos óleos medicinais de Hymenaea courbaril, Copaifera langsdorffii e Schinus terebinthifolius para controlar A. craccivora. Os biotestes serão conduzidos em duas etapas: a primeira no Laboratório de Entomologia Agrícola da Universidade Federal do Cariri (UFCA), no Crato-CE e a segunda em casa de vegetação na Embrapa Algodão, em Barbalha. Os óleos foram extraídos pelo método de hidrodestilação em aparelho destilador tipo Clevenger. Os tratamentos foram formados pelo óleo essencial a 0,1%, juntamente com água destilada e o solvente Dimetilsulfóxido 2% (DMSO), e o tratamento testemunha consiste em água destilada e o solvente. Cada tratamento possui quatro repetições. A unidade amostral dos testes em laboratório consiste em discos foliares da cultura postos em placas de Petri, contendo 10 insetos, onde foram feitas as aplicações de 0,5 mL das respectivas caldas. As placas permaneceram em BOD à temperatura de 25°C ± 2°C, umidade relativa de 70 ± 10% e fotofase de 12 horas, e após transcorridos 24, 48, 72, 96 e 120 horas de exposição, foram realizadas leituras nos tratamentos. Os testes foram feitos inicialmente com ninfas do inseto e posteriormente com adultos ápteros. Já a unidade amostral dos testes em casa de vegetação consistirá em plantas de V. ungiculata com 30 dias após a semeadura. Os tratamentos utilizados serão aqueles que obtiverem os melhores resultados nos testes de laboratório. A exposição aos óleos e as leituras dos tratamentos ocorrerão conforme descrito para análise em laboratório. Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância e as suas médias serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, além de ser realizado análise de regressão e eficiência de mortalidade. Os resultados parciais para a primeira fase do experimento conferem que o óleo de aroeira se sobressaiu atingindo 83,33% e 75,75% de eficiência de mortalidade em ninfas e adultos, respectivamente, após 120 horas de exposição.