Banca de DEFESA: FRANCISCO BERNARDO DE BARROS
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCO BERNARDO DE BARROS
DATA : 21/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PLATAFORMA VIRTUAL GOOGLE MEAT
TÍTULO:
Atividade inseticida dos extratos das sementes de Tamboril (Enterolobium contortisiliquum (VELL.) Morong) sobre o Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
PALAVRAS-CHAVES:
Mosquito vetor; Extratos vegetais; Fitoquímica; Metabólitos secundários.
PÁGINAS: 69
RESUMO:
Os inseticidas químicos sintéticos constituem a principal forma de controle do Aedes aegypti. Porém, seu uso apresenta diversas limitações, dentre elas, a toxicidade ambiental, risco à saúde humana e seleção de populações de insetos resistentes aos inseticidas. Tais fatores favorecem a crescente busca por substâncias naturais com propriedades inseticidas. Esse estudo avaliou a atividade inseticida dos extratos brutos das sementes de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) sobre ovos e larvas do A. aegypti e, verificou o perfil fitoquímico e a presença de lectinas no extrato. E. apresenta ampla distribuição geográfica no Brasil. Suas sementes são conhecidas pela toxicidade, propriedades medicinais e proteínas bioativas, logo a extração dos compostos bioativos foi realizada em solução salina de NaCl 0,15 M, pela sua capacidade de solubilizar estas moléculas. Para o preparo do extrato bruto, vinte gramas do pó obtido da trituração das sementes foram homogeneizados por 4h a 25º, em 200 mL da solução salina. Os ovos de A. aegypti foram obtidos por meio de captura com armadilhas do tipo ovitrampa. Após as eclosões, as larvas foram mantidas em câmara climatizada do tipo B.O.D. (Biochemical Oxygen Demand) com temperatura de 25±1°C, umidade relativa do ar de 70±10% e fotofase de 12 horas. Para os ensaios com ovos e larvas de A. aegypti, o extrato bruto foi utilizado na forma crua (Raw Crude Extract - RCE) e fervida (Boiled Crude Extract - BCE) a 100º C por 5 min. Foram testadas as concentrações de 4,68; 9,37; 18,75; 28,13; 37,13 e 46,89 mg/mL, tendo a água destilada como controle negativo. Os ensaios foram realizados em triplicada. Os testes de atividade larvicida foram realizados na câmara B.O.D. Os resultados foram submetidos à análise de variância, Teste de Shapiro-Wilk, Teste de Tukey e análise Log-Probit para determinar CL50 e 90. O BCE apresentou melhores resultados sobre os ovos do que o RCE, conseguindo impedir a eclosão das larvas de 81,66% ± 10,40 dos ovos tratados, na concentração de 46,89 mg/mL. O aumento da concentração melhorou os resultados do BCE contra os ovos. As respectivas CL50 e 90, foram definidas em 35,95 e 52,67 mg/mL, respectivamente. Nos testes com larvas, as concentrações de 46,89 e 37,13 mg/mL, para RCE e BCE, causaram 100% de mortalidade em 24 horas de exposição. O aumento da concentração melhorou a ação de RCE e BCE. A mortalidade larval nas demais concentrações teve acréscimo com o aumento do tempo de exposição para 48 h. A concentração (p < 0,001) e o tempo (p < 0,001) são fatores significativos para a atividade larvicida, bem como, a interação entre o tempo e concentração, revelou-se fator significativo para a ação larvicida dos extratos (p < 0,001). Por apresentar melhor eficiência total (E = 72,77), RCE, com 48 h de exposição é o extrato mais promissor sobre as larvas. 10,86 mg/mL de RCE com 48 h de exposição é a menor dose capaz de matar 90% das larvas (CL90). Em RCE, a presença de lectinas e os metabólitos secundários: flavonoides, xantonas e fenóis, foram detectadas. Lectinas e flavonoides possuem ação comprovada sobre insetos. Os resultados demonstram o potencial dos extratos das sementes de E. contortisiliquum na ação ovicida e larvicida sobre o A. aegypti.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Carlos Henrique Morais de Alencar
Interna - ESTELITA LIMA CANDIDO
Presidente - FRANCISCO ROBERTO DE AZEVEDO