RELAÇÃO DA MACROFAUNA COMO BIOINDICADORA DA QUALIDADE AMBIENTAL NO PERÍMETRO DO RESERVATÓRIO NEGREIRO, PERNAMBUCO-PE, BRASIL
Sustentabilidade. Insetos edáficos. Níveis ambientais. Índices faunísticos
A macrofauna pode ser utilizada como bioindicadora de qualidade ambiental dos ecossistemas por serem diversificados, possuírem abundância e terem relevância ecológica. Desse modo, alguns insetos são considerados primordiais para indicação da qualidade ambiental, uma vez que estes apresentam respostas a alterações ambientais, assim como, respondem de maneira eficiente aos distúrbios, fornecendo informações sobre a estrutura, o funcionamento e a composição do sistema ecológico. Assim, a pesquisa buscou inventariar a macrofauna e analisar a influência desta como bioindicadora da qualidade ambiental do reservatório Negreiro, instalado em Salgueiro no Sertão Central de pernambucano. O perímetro de estudo faz parte do reservatório Negreiros que está localizado no eixo norte, do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional – PISF. Para obtenção de dados utilizou-se de duas áreas caracterizadas como preservada e antropizada, estas foram exploradas nas dimensões de 500 x 50m cada. O levantamento dos dados ocorreu em dois momentos, dividindo-se em período de estações seca (julho a dezembro de 2022) e chuvosa (janeiro a junho de 2023), utilizou-se de armadilhas de solo tipo pitfall, cada armadilha consistiu em um recipiente plástico com volume de 500 mL, medindo 10 cm de altura por 12 cm de diâmetro e a frequência de coletas se deu a partir de quatro visitas mensais em cada armadilha totalizando 24 coletas na estação seca e 24 na estação chuvosa. Posteriormente à coleta dos dados, foi determinado os índices faunísticos a partir de análise e estatísticas. Após análise, constatou-se que foram coletados nas duas áreas (antropizada e preservada) o quantitativo de 14.621 espécimes, estando distribuídos em 14 ordens sendo essas: Hymenoptera, Coleoptera, Araneae, Orthoptera, Diptera, Blattodea, Hemiptera, Scorpiones, Scolopendromorpha, Lepidoptera, Dermaptera, Opiliones, Phasmatodea e Odonata. Para estudos sobre alterações ambientais, utilizou-se Coleoptera, Blattodea, Orthoptera, Diptera e Hymenoptera. Com relação aos índices pluviométricos observados nos dois tipos de variabilidade de clima, a estação seca apresentou 200,6 mm e a chuvosa 342,2 mm no que concerne a distribuição da macrofauna, nas estações seca e chuvosa, foi observado a predominância de indivíduos na estação seca, apresentando-se com 11.946 espécimes, distribuídas em 14 ordens, enquanto na estação chuvosa obteve a ocorrência de 2.675, com distribuição em 10 ordens. Com relação ao índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’), a comunidade apresentou (6,27), acentuando a diversidade de espécies não tem um valor máximo e sua interpretação é comparativa com valores maiores indicando maior diversidade. Já para o índice de Pielou (J’) foi de 0,83 e o índice de Simpson figurou-se com 0,99. Torna-se necessário o acompanhamento da macrofauna da região, uma vez que esta apresentou características distintas do observado em outras pesquisa, onde teve mais incidência na estação seca.